domingo, 25 de abril de 2010

Idolo ou Cromo nº2 : A Fúria do Açúcar

Bem por onde começar, talvez pelo nome ridículo ou então simplesmente admitir que a banda liderada por João Melo de facto tinha a sua piada, desde o ridículo nome da banda até aos não menos sugestivos nomes de certas canções como "O rei dos matraquilhos" (ou será mesmo o gay dos mataquilhos) ou o não menos famoso e obsceno "Joana bate-me á porta".


Formados em 1991 originalmente por Nuno Melo, João Didelet (sim o actor das novelas da tvi) e outro actor de nome Renato Solnado começaram por ser um grupo de amigos que provavelmente se juntavam para beber umas jolas, e esse devia provavelmente ser o seu nome de guerra ou algo do género, a verdade é que só começaram de facto como banda em 1993 com a entrada de novos membros e saída de João Didelet (seria melhor músico ou actor? Um mistério da humanidade de facto) e de Renato Solnado esta banda provou que era possível ter tempo de rádio e de TV nos anos 90, mesmo que aparecessem vestidos de homens espaciais com bisnagas em punho...

O primeiro álbum foi editado em 1995 e chama-se pois claro "A fúria do acúcar" e contem autênticas pérolas da musica pop nacional como: "Buraca", "Ora porra", "Sou um cromo" (quem diria), e ainda "No cume da serra".


Em 1997 e já com algum sucesso alcançado a banda lança outro álbum de seu nome "O fantástico mundo do acrílico", das duas uma, ou tinham estado a enrolar uma ganza quando se lembraram deste nome ou de facto Nuno Melo é um génio da comédia (aceitam-se apostas).

Sendo assim este segundo álbum trouxe por sua vez músicas como: "Loja do mestre André", "Masturdança" ou ainda "Beber, beber, beber", ou a grande "Arrota palhaço".

Mas o mega-hit "Eu gosto é do verão" foi a música que mais sucesso teve quer na rádio quer na tv com constantes actuações em programas televisivos.


De facto esta música tendo uma letra parva como tudo acaba por ficar no ouvido e ainda hoje em dia, no verão la temos nós que a gramar porque alguém decidiu que este é o hino oficial do verão mesmo 13 anos depois de ser lançada...

Com tanto sucesso talvez o terceiro álbum dos Fúria apontasse para outros caminhos, talvez um álbum mais maduro apostando noutro público, puro engano.
Eis que em 1999 é apresentado o terceiro álbum de originais da banda com o titulo de..."Azul Banana", creio que o que se seguiu vocês conseguem prever...

Ou seja mais uma enchurada de músicas frenéticas sem qualquer sentido mas enfim la tenho que admitir que a porra das músicas tinham piada, entre outras destacam-se: "Não toques no meu cabelo", "Na marinha" ou ainda "Porra Elisa".

No entanto o maior hit do álbum seria "O rei dos frangos", oh sim letra fantástica de facto que não resisto em deixar aqui um pequeno excerto "...muitos queriam ver merda nas unhas e os cabelos suados com bedum, mas roubar nos preços rindo na cara dos clientes não é pra qualquer um, eu sou mais conhecido como o rei dos frangos de Moscavide, cheiro a churrasco que trasando mas nem gosto de frango..."

Poesia para os nossos ouvidos de facto, lembro-me ainda de ver Nuno Melo entrar num Big Brother famosos (lol, para a palavra famosos claro e lol x 2 para o programa em si).



Depois de 4 anos sem darem grandes sinais de vida eis que em 2003 alguém achou que era bom fazer um "Greatest Hits" ou seja uma compilação dos maiores êxitos (ah ah) da banda que já contava com o respeitável numero de 3 CDs editados (afinal de contas sempre gravaram mais um CD que os Excesso).

É claro que o nome de "Best off" não seria usado mas o nome escolhido para a compilação seria sim "Plástica".

Enfim, resumindo os "A fúria do açúcar" mais pareciam um grupo de amigos sempre prontos para a rambóia e provaram que para se ter algum sucesso não é preciso levarmos muito a sério, de facto tenho que admitir que me ri bastante com outras pessoas a ouvir e ver os Fúria, penso que ainda fazem um ou outro espectáculo no verão (pois claro).

Olhando no entanto para o actual panorama musical do nosso País tenho apenas que dizer: "Voltem estão perdoados", pelo menos os Fúria sabiam que eram cromos e eram porque queriam enquanto há outros que pensam que são grandes artistas e no fundo são tanto ou mais cromos que estes rapazes.

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